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ESTÁCIO
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<p>Samyra Giarola Cecílio et al.</p><p>Rev. Ciênc. Méd. Biol., Salvador, v. 23, n. 1, p. 166-173, jan./abr. 2024166</p><p>Análise das interações fármacos x nutrientes dentre os medicamentos</p><p>mais prescritos em uma Instituição de Longa Permanência para idosos</p><p>no interior de Minas Gerais</p><p>Analysis of drug x nutrient interactions among the most prescribed medications in a</p><p>Long-Term Institution for the elderly in the interior of Minas Gerais</p><p>Samyra Giarola Cecílio1, Leonardo José Teixeira2, Mateus Felipe da Silva3, Sumaya Giarola Cecilio4,</p><p>Douglas Roberto Guimarães Silvia5, Thainá Richelli Oliveira Resende6*</p><p>1Doutora em Bioengenharia, Universidade Federal de São João del-Rei, UFSJ, Professora Auxiliar do Centro</p><p>Universitário Presidente Tancredo de Almeida Neves, UNIPTAN; 2Nutricionista pelo UNIPTAN, Pós-graduada em</p><p>Nutrição Esportiva e Hipertrofia pelo Centro Universitário Vale do Iguaçu, UNIGUAÇU; 3Acadêmico do Curso de</p><p>Medicina do Centro Universitário Presidente Tancredo de Almeida Neves, UNIPTAN; 4Doutor em Enfermagem,</p><p>Professor Adjunto, Faculdade Ciências Médicas de Minas Gerais, CMMG; 5Doutor em Ciência dos Alimentos,</p><p>Professor no Centro Universitário Presidente Tancredo de Almeida Neves, UNIPTAN; 6Mestre, Ciências Aplicadas</p><p>à Saúde, Universidade Federal de Juiz de Fora, Doutoranda em Educação Física, Universidade Federal de Juiz de</p><p>Fora, UFJF</p><p>Resumo</p><p>Introdução: a população idosa, em sua maioria, faz uso de muitos medicamentos que podem interagir com nutrientes/alimentação,</p><p>de modo a alterar a eficácia e a ação de ambos. Objetivo: identificar as classes medicamentosas mais utilizadas e avaliar as possíveis</p><p>interações entre os fármacos e nutrientes pelos integrantes do Lar de Idosos Abrigo Tiradentes, Minas Gerais, além de promover a</p><p>educação em saúde para os profissionais da Instituição. Metodologia: trata-se de uma pesquisa de natureza descritiva e exploratória,</p><p>com abordagem quantitativa e retrospectiva, englobando 25 idosos. Os dados sobre as medicações utilizadas foram coletados</p><p>por meio da análise dos prontuários, nos quais foram verificados os princípios ativos, a via de administração e os respectivos</p><p>horários de administração. Quanto às informações referentes à alimentação fornecida, foram coletados os dados no cardápio</p><p>da Instituição, identificando os alimentos que eram comumente ofertados concomitantemente às medicações. Resultados: foi</p><p>identificado o uso de 39 medicamentos na instituição de longa permanência avaliada, sendo a maior frequência de neurolépticos,</p><p>anti-hipertensivos e antilipêmicos. Quando investigada a interação desses medicamentos com nutrientes/alimentos, a maioria</p><p>possuía algum tipo de interação negativa. Os medicamentos que apresentaram maior taxa de interação foram a metformina e o</p><p>ácido acetilsalicílico, seguidos do sulfato ferroso e do atenolol. Conclusão: reconhecendo a relevância da educação em saúde, de</p><p>modo a evitar que tais interações aconteçam, a realização de capacitações interdisciplinares para os profissionais da instituição</p><p>é ação relevante para a garantia da melhoria dos serviços prestados pelo local.</p><p>Palavras-chave: Medicamentos de uso contínuo; alimentos; disponibilidade biológica; assistência a idosos; educação em saúde.</p><p>Abstract</p><p>Introduction: the elderly population, for the most part, uses many medications that can interact with nutrients/food to alter the</p><p>effectiveness and action of both. Objective: to identify the most used drug classes and evaluate possible interactions between</p><p>drugs and nutrients by members of the Lar de Idosos Abrigo Tiradentes, Minas Gerais, and promote health education for the</p><p>Institution’s professionals. Methodology: this is a descriptive and exploratory study, with a quantitative and retrospective</p><p>approach, involving 25 elderly people. Data on the medications used were collected through analysis of medical records, in which</p><p>the active ingredients, route of administration and respective administration times were verified. Regarding food provided, data</p><p>were collected from the Institution’s menu, identifying the foods commonly offered concomitantly with medications. Results: the</p><p>use of 39 medications was identified in the long-term care institution evaluated, with the highest frequency being neuroleptics,</p><p>antihypertensives and antilipemic drugs. When the interaction of these medications with nutrients/foods was investigated, the</p><p>majority had some negative interaction. Metformin and acetylsalicylic acid were the medications with the highest interaction rate,</p><p>followed by ferrous sulfate and atenolol. Conclusion: recognizing the relevance of health education to prevent such interactions</p><p>from happening, carrying out interdisciplinary training for the Institution’s professionals is a relevant action to guarantee the</p><p>improvement of the services provided by the place.</p><p>Keywords: Medications for continuous use; foods; biological availability; assistance to the elderly; Health education.</p><p>Correspondente/Corresponding: *Thainá Richelli Oliveira Resende</p><p>ARTIGO ORIGINAL</p><p>ISSN 1677-5090</p><p> 2024 Revista de Ciências Médicas e Biológicas</p><p>Análise das interações fármacos x nutrientes dentre os medicamentos mais prescritos em</p><p>uma Instituição de Longa Permanência para idosos no interior de Minas Gerais</p><p>167Rev. Ciênc. Méd. Biol., Salvador, v. 23, n. 1, p. 166-173, jan./abr. 2024</p><p>INTRODUÇÃO</p><p>Como reflexo da progressão de medidas preventi-</p><p>vas de doenças infecciosas, por meio da melhora das</p><p>condições higiênico-sanitárias e mudanças de estilo de</p><p>vida, houve a redução da taxa de mortalidade, com o</p><p>aumento do número de idosos no Brasil e no mundo. O</p><p>envelhecimento ativo e com qualidade representa desa-</p><p>fio importante no cuidado com o idoso, principalmente</p><p>no controle de complicações metabólicas comuns, tra-</p><p>tadas pelo uso contínuo de medicamentos1.</p><p>Sabe-se que a população idosa, em sua maioria, faz</p><p>uso de muitos medicamentos (polifarmácia), e o enve-</p><p>lhecimento, por si só, faz alterar de forma expressiva</p><p>os parâmetros farmacocinéticos e farmacodinâmicos</p><p>dessas drogas. Em consequência, pessoas idosas são</p><p>mais sensíveis e suscetíveis aos efeitos terapêuticos e</p><p>adversos dos fármacos2.</p><p>Além disso, é relevante se atentar não somente às</p><p>possíveis interações de fármacos com outros fármacos,</p><p>mas também à alimentação, uma vez que a associação</p><p>de medicamentos com determinados alimentos pode</p><p>alterar a eficácia de ambos3.</p><p>As interações mais comuns entre fármacos e</p><p>nutrientes ocorrem nos processos de absorção, distri-</p><p>buição, metabolização e excreção, classificadas como</p><p>farmacocinéticas. No entanto, de modo contrário, se</p><p>aspectos farmacodinâmicos (modo de ação do fármaco</p><p>ou a devida funcionalidade do nutriente) são alterados,</p><p>a interação fármaco/nutriente é do tipo farmacodinâ-</p><p>mica3,4.</p><p>Para garantir a eficácia e segurança do medicamen-</p><p>to, bem como a biodisponibilidade dos nutrientes, é</p><p>necessário que as interações fármaco/nutriente sejam</p><p>levadas em consideração durante a terapia medicamen-</p><p>tosa. Por isso, o presente estudo teve como objetivo</p><p>identificar as classes medicamentosas mais utilizadas</p><p>e avaliar as possíveis interações entre os fármacos e</p><p>nutrientes pelos integrantes do Lar de Idosos Abrigo</p><p>Tiradentes, Minas Gerais, além de promover a educação</p><p>em saúde para os profissionais da Instituição.</p><p>METODOLOGIA</p><p>Tipo, local e população de estudo</p><p>Trata-se de uma pesquisa de natureza descritiva e</p><p>exploratória, com abordagem quantitativa e retrospec-</p><p>tiva. O projeto foi submetido e aprovado pelo Comitê</p><p>de Ética em Pesquisa (CEP) do Centro Universitário</p><p>Presidente Tancredo de Almeida Neves (Uniptan), sob</p><p>o número do parecer 55689322.2.0000.9667.</p><p>O estudo foi realizado no Lar de Idosos Abrigo Ti-</p><p>radentes, localizado no município de Tiradentes, Minas</p><p>Gerais. Nesse abrigo, encontram-se abrigados 25 idosos</p><p>(número referente ao mês de janeiro de 2022) e todos</p><p>participaram da amostra, uma vez que faziam uso de ao</p><p>menos um medicamento de modo contínuo.</p><p>Coleta de dados</p><p>Os dados sobre as medicações</p><p>utilizadas foram co-</p><p>letados por meio da análise dos prontuários dos idosos</p><p>residentes na Instituição, nos quais foram verificados os</p><p>princípios ativos, a via de administração e os respecti-</p><p>vos horários de administração. Quanto às informações</p><p>referentes à alimentação fornecida, foram coletados</p><p>os dados no cardápio da Instituição, identificando os</p><p>alimentos que eram comumente ofertados conco-</p><p>mitantemente às medicações. A análise do cardápio</p><p>compreendeu as quatro semanas anteriores à análise</p><p>dos prontuários.</p><p>Análise dos dados</p><p>Os dados foram tabelados a fim de se identificarem</p><p>as classes medicamentosas mais prescritas. Ainda, foi</p><p>verificada a sobreposição dos horários de administração</p><p>do fármaco e do consumo dos alimentos. Caso existente</p><p>essa sobreposição, verificaram-se as interações entre</p><p>o(s) fármaco(s) prescrito(s) e o(s) nutriente(s), utilizan-</p><p>do-se como base de dados a literatura disponível5-7,10-16.</p><p>Feita a análise, os resultados foram tabulados e a</p><p>prevalência de interações foi calculada. Além disso, foi</p><p>constatado o tipo de medicamento, o alimento/nutrien-</p><p>te que apresentou relação, os efeitos dessa interação,</p><p>bem como as recomendações de como manejar tais</p><p>interações.</p><p>Capacitação multiprofissional</p><p>As interações fármaco/nutriente encontradas foram</p><p>discutidas com a equipe multiprofissional, a fim de evitar</p><p>a ocorrência de novas interações. Ainda, foram aborda-</p><p>das as interações mais encontradas na literatura, mesmo</p><p>que não encontradas no presente estudo.</p><p>RESULTADOS</p><p>Os 25 idosos residentes na Instituição faziam uso,</p><p>no total, de 39 medicamentos. As frequências maiores</p><p>compreenderam os neurolépticos (n = 12; 13,33%), os</p><p>inibidores da enzima conversora de angiotensina (ECA),</p><p>os anti-hipertensivos (n = 11; 12,22%) e os antilipêmi-</p><p>cos (n = 10; 11,11%), conforme pode ser observado na</p><p>Tabela 1, juntamente com a descrição das frequências</p><p>das demais classes medicamentosas, princípios ativos</p><p>e números de idosos que fazem o uso.</p><p>Samyra Giarola Cecílio et al.</p><p>168 Rev. Ciênc. Méd. Biol., Salvador, v. 23, n. 1, p. 166-173, jan./abr. 2024</p><p>Tabela 1 – Classe medicamentosa, medicamento, número de idosos e frequência total do uso de medicamentos em idosos de uma</p><p>Instituição de Longa Permanência, Tiradentes – Minas Gerais.</p><p>Classe medicamentosa Medicamento Número de idosos (n) Frequência total</p><p>(n; %)</p><p>Hormônio tireoidiano Levotiroxina</p><p>Propiltiouracil</p><p>2</p><p>2</p><p>4 (4,44)</p><p>Inibidor da bomba de prótons Pantoprazol</p><p>Omeprazol</p><p>1</p><p>8</p><p>9 (10)</p><p>Minerais Sulfato Ferroso</p><p>Sulfato de Zinco</p><p>3</p><p>1</p><p>4 (4,44)</p><p>Antiparkinsoniano Pramipexol 1 1 (1,08)</p><p>Hipoglicemiante Metformina</p><p>Glimepirida</p><p>4</p><p>1</p><p>5 (5,45)</p><p>Betabloqueador Atenolol</p><p>Propranolol</p><p>3</p><p>1</p><p>4 (4,44)</p><p>Alfabloqueador Doxazosina 1 1 (1,08)</p><p>Neuroléptico Haloperidol</p><p>Carbamazepina</p><p>Quetiapina</p><p>Clorpromazina</p><p>3</p><p>3</p><p>4</p><p>2</p><p>12 (13,33)</p><p>Bloqueador de canal de cálcio Anlodipino 1 1 (1,08)</p><p>Benzodiazepínico Clonazepam 1 1 (1,08)</p><p>Anti-inflamatório não esteroidal Ácido Acetilsalicílico 4 4 (4,44)</p><p>Vasodilatador [Nitrato] Mononitrato de isossorbida 1 1 (1,08)</p><p>Antidepressivo tricíclico Amitriptilina</p><p>Clomipramina</p><p>2</p><p>1</p><p>3 (3,33)</p><p>Inibidor Seletivo da recaptação da serotonina Fluoxetina</p><p>Sertralina</p><p>Trazodona</p><p>4</p><p>1</p><p>1</p><p>6 (6,66)</p><p>Anti-inflamatório esteroidal Prednisona 1 1 (1,08)</p><p>Antimetabólito Metotrexato 1 1 (1,08)</p><p>Diurético poupador de potássio Espironolactona 1 1 (1,08)</p><p>Agente anticonvulsivante Fenitoína</p><p>Carbamazepina</p><p>1</p><p>2</p><p>3 (3,33)</p><p>Inibidor da enzima conversora de angiotensina Captopril</p><p>Losartana</p><p>2</p><p>9</p><p>11 (12,22)</p><p>Antigotoso Alopurinol 1 1 (1,08)</p><p>Inibidor da agregação plaquetária Cilostazol</p><p>Rivaroxabana</p><p>1</p><p>1</p><p>2 (2.22)</p><p>Diurético tiazídico Hidroclorotiazida 4 4 (4,44)</p><p>Antilipêmico Fenofibrato</p><p>Sinvastatina</p><p>Rosuvastatina</p><p>1</p><p>8</p><p>1</p><p>10 (11,11)</p><p>Fonte: Próprios autores (2023).</p><p>Em relação ao cardápio fornecido pela equipe de nu-</p><p>trição da Instituição, observou-se que as refeições eram</p><p>oferecidas em seis momentos, nos respectivos horários:</p><p>1) café da manhã (6h); 2) colação (9h); 3) almoço (12h);</p><p>4) lanche da tarde (14h30min); 5) jantar (17h30min); 6)</p><p>ceia (20h). O cardápio recebia variações alimentares dia-</p><p>riamente, porém foi constatado que a maioria dos idosos</p><p>conseguia fazer as refeições por via oral, excetuando-se</p><p>dois deles (uso de sonda nasogástrica e nasoentérica),</p><p>não havendo distinção dos alimentos entre eles.</p><p>No que se refere ao tratamento farmacológico (medi-</p><p>camentos, horário e via de administração), constatou-se</p><p>que era administrado logo após as refeições (imediata-</p><p>mente após o café da manhã, almoço ou jantar), com</p><p>exceção dos medicamentos levotiroxina e omeprazol, os</p><p>quais eram ingeridos em jejum, 30 minutos antecedentes</p><p>ao café da manhã.</p><p>Quanto às interações fármaco/nutriente, foram anali-</p><p>sadas todas as possíveis interações existentes entre cada</p><p>medicamento relatado nos prontuários, tendo como base</p><p>Análise das interações fármacos x nutrientes dentre os medicamentos mais prescritos em</p><p>uma Instituição de Longa Permanência para idosos no interior de Minas Gerais</p><p>169Rev. Ciênc. Méd. Biol., Salvador, v. 23, n. 1, p. 166-173, jan./abr. 2024</p><p>artigos e livros da área5-7,10-16. Dos 39 medicamentos pres-</p><p>critos, 19 (48,71%) não possuíam interação com nenhum</p><p>nutriente ou alimento, enquanto 20 (51,29%) interagiam</p><p>com nutriente e/ou alimento (Tabela 2).</p><p>Os medicamentos que apresentaram maior taxa de</p><p>interação foram a metformina e o ácido acetilsalicílico,</p><p>ambos representando 11,42% de todas as interações.</p><p>Em seguida, o sulfato ferroso e o atenolol, que apresen-</p><p>taram, igualmente, 8,47%. Haloperidol, carbamazepina,</p><p>amitriptilina, prednisona e captopril constituíram 5,71%.</p><p>E, por último, com a menor taxa de interação (2,85%), os</p><p>medicamentos foram: levotiroxina, pramipexol, omepra-</p><p>zol, anlodipino, clonazepam, mononitrato de isossorbida,</p><p>sulfato de zinco, metotrexato, espironolactona, fenitoína</p><p>e clomipramina.</p><p>Tabela 2 – Interações medicamentos x nutrientes/alimentos em idosos de uma Instituição de Longa Permanência, Tiradentes – Minas Gerais.</p><p>MEDICAMENTOS Efeitos do medicamento</p><p>sobre os nutrientes</p><p>Efeitos dos alimentos</p><p>sobre o fármaco</p><p>Número de interação</p><p>negativa Porcentual (%)</p><p>Levotiroxina5,6 (-) Ferro (-) Nutrição enteral; suplementação de cálcio, ferro,</p><p>magnésio; farinha de soja, nozes e fibras 1</p><p>2,85</p><p>Pantoprazol6–8 (-) Vitamina B12, ferro, cálcio, vitamina C - 0</p><p>Sulfato Ferroso6 (-) Zinco (-) Cereais, fibras dietéticas, chá, café, ovos, leite 3 8,47</p><p>Pramipexol6 - (-) Alimentação 1 2,85</p><p>Metformina6,7,9 (-) Glicose, triglicérides, colesterol, folato e vita-</p><p>mina B12</p><p>(-) Alimentação</p><p>4</p><p>11,42</p><p>Omeprazol6,7,10 (-) Ferro e vitamina B12 (-) Alimentação 1 2,85</p><p>Atenolol6,7,11 (+) Triglicerídeos, colesterol HDL, potássio, ácido</p><p>úrico e ureia</p><p>(+) Cromo (-) sais de cálcio, suco de laranja, maçã</p><p>3</p><p>8,47</p><p>Haloperidol12 (-) Cafeína 2 5,71</p><p>Carbamazepina6,13 (-) Folato, vitamina D, vitamina B7, cálcio, sódio</p><p>(+) Triglicerídeos, colesterol HDL e total e ureia.</p><p>(+) Dieta hiperlipídica</p><p>2</p><p>5,71</p><p>Anlodipino10,14 (-) Cálcio, vitamina D e potássio (+) Suco de toranja 1 2,85</p><p>Clonazepam10,15 (+) Suco de toranja (-) Cafeína 1 2,85</p><p>Ácido acetilsalicílico6,15 (-) Vitaminas C e K, ácido fólico, tiamina, aminoáci-</p><p>dos, ferro, potássio e glicose (+) Ureia e creatinina 4</p><p>11,42</p><p>Mononitrato de isossorbida6 (+) Ácido úrico (-) Potássio (-) Alimentação 1 2,85</p><p>Sulfato de zinco6 (+) Zinco (-) cálcio, fósforo, cobre, ferro, folato e HDL (+) Proteínas animais (-) Cálcio, fósforo, fitatos</p><p>e fibras 1</p><p>2,85</p><p>Amitriptilina6 (+) Glicose (-) Glicose (-) Fibras 2 5,71</p><p>Prednisona16 (-) Vitaminas A, C, B6, ácido fólico, cálcio, potássio,</p><p>fósforo, magnésio, zinco e tiamina 2</p><p>5,71</p><p>Metotrexato6,17 (-) Cálcio, ácido fólico (-) Alimentação 1 2,85</p><p>Espironolactona6 (+) Potássio (-) Cálcio (+) Alimentação 1 2,85</p><p>Fenitoína5,6,12 (-) Vitamina D, cálcio vitamina K, ácido fólico,</p><p>biotina, tiamina</p><p>(-) Alimentação (-) Suplemento de cálcio</p><p>1</p><p>2,85</p><p>Captopril6 - (-) Alimentação 2 5,71</p><p>Alopurinol7,10 (-) Ácido úrico - 0</p><p>Cilostazol5,10 - (+) Alimentos ricos em gordura</p><p>0</p><p>Clomipramina6,10 - (+) Suco de toranja (-) Fibras 1 2,85</p><p>Clorpromazina6,13 (-) Vitamina B12, glicose e HDL (+) Triglicérides e</p><p>colesterol</p><p>(-) Tabaco e café</p><p>0</p><p>Fenofibrato6 (+) Ureia, creatinina (-) Triglicérides, colesterol total,</p><p>LDL, VLDL, ácido úrico</p><p>(+) Alimentação</p><p>0</p><p>Fluoxetina6,10 (-) Glicose e sódio (-) Erva de São-João 0</p><p>Glimepirida6,13 (-) Glicose (+) Alimentação 0</p><p>Hidroclorotiazida6 (+) Glicose, cálcio, ácido úrico, colesterol, triglicerí-</p><p>deos, ureia, creatinina, bilirrubina (-) Sódio, cloreto,</p><p>magnésio, zinco e potássio</p><p>(+) Alimentação</p><p>0</p><p>Propranolol6,11 (+) Potássio, triglicerídeos e VLDL (-) Colesterol HDL (+) Alimentação (-) Vitamina C 0</p><p>Quetiapina6,10 (+) Glicose, triglicérides, colesterol (+) Suco de Toranja 0</p><p>Rosuvastatina18 - (+) Álcool 0</p><p>Sinvastatina10 (+) Triglicerídeos e colesterol HDL (-) Colesterol</p><p>total, LDL e VLDL</p><p>(+) Suco de toranja</p><p>0</p><p>Trazodona6 - (+) Alimentação 0</p><p>Rivaroxabana6,10 - (-) Erva de São-João 0</p><p>Doxazosina6,10 (+) HDL (-) Colesterol total, LDL e triglicérides - 0</p><p>Losartana6,13 (+) Cálcio, vitamina K - 0</p><p>Sertralina10,13 - (+) Suco de Toranja (-) Erva de São-João 0</p><p>TOTAL 35 100</p><p>Fonte: Próprios autores (2023).</p><p>Samyra Giarola Cecílio et al.</p><p>170 Rev. Ciênc. Méd. Biol., Salvador, v. 23, n. 1, p. 166-173, jan./abr. 2024</p><p>Para todos os medicamentos que apresentaram</p><p>interações negativas, foi estabelecida a indicação de</p><p>horário para uso e as recomendações nutricionais, a fim</p><p>de evitar a redução da absorção dos medicamentos e</p><p>disfuncionalidades nutricionais (ver Quadro 1).</p><p>Quadro 1 – Indicação de horário para uso e recomendações nutricionais dos medicamentos com interação droga/nutriente de</p><p>uma Instituição de Longa Permanência, Tiradentes – Minas Gerais.</p><p>Medicamentos Indicação de horário de uso Recomendações nutricionais</p><p>Levotiroxina5,6 Ingerir preferencialmente em jejum. Tomar o suplemento de ferro separadamente em 4 horas. Evitar ingestão</p><p>de farinha de soja, refeição com óleo de algodão, nozes e fibras dietéticas.</p><p>Pacientes com sonda nasogástrica podem necessitar de dose adicional, devido</p><p>à redução da biodisponibilidade do medicamento.</p><p>Sulfato Ferroso6 Ingerir 1 hora antes ou 2 horas após</p><p>a refeição.</p><p>Adequação de cardápio do paciente, aumentando a ingestão de vitamina C e E.</p><p>Pramipexol6 Ingerir com refeições para diminuir o</p><p>desconforto gastrintestinal.</p><p>Evitar o consumo de bebidas alcoólicas.</p><p>Metformina6,7 Ingerir com refeições para diminuir o</p><p>desconforto gastrintestinal.</p><p>Adequação de cardápio do paciente, aumentando a ingestão de vitaminas</p><p>do complexo B.</p><p>Omeprazol6,7,10 Ingerir 1 hora antes das refeições, de</p><p>preferência antes do desjejum.</p><p>Não ingerir alimentos ricos em vitamina B12 junto ou próximo à administração</p><p>do medicamento.</p><p>Atenolol6,7,11 Ingerir 1 hora antes ou 2 horas após</p><p>a refeição.</p><p>Não ingerir junto suco de laranja e de maçã. Recomenda-se monitorar o nível</p><p>sérico de glicose, potássio e triglicerídeos.</p><p>Haloperidol12 Não ingerir durante o desjejum. Recomenda-se evitar o consumo exagerado de café.</p><p>Carbamazepina6, 13 Ingerir preferencialmente com ali-</p><p>mentos.</p><p>Monitorar o nível sérico de folato, vitamina D e B7, cálcio, sódio, triglicerídeos,</p><p>colesterol HDL e total e ureia.</p><p>Anlodipino10,14 Ingerir com ou sem alimentos. Monitorar o nível sérico de vitamina D e potássio e evitar suco de grapefruit.</p><p>Clonazepam10,15 Ingerir após as refeições para reduzir</p><p>a irritação gastrintestinal.</p><p>Evitar suco de grapefruit.</p><p>Ácido acetilsalicílico6,15 Ingerir 1 hora antes ou 2 horas depois</p><p>da refeição.</p><p>Não ingerir alimentos ricos em vitaminas C e K, tiamina, ácido fólico e amino-</p><p>ácidos próximo ou durante a administração.</p><p>Mononitrato de isos-</p><p>sorbida6</p><p>Não administrar com antiácidos. Monitorar o nível sérico de ácido úrico e potássio.</p><p>Sulfato de zinco6 Ingerir 1 hora antes ou 2 horas após</p><p>a refeição.</p><p>Monitorar o nível sérico de cálcio, fósforo, cobre, ferro, folato e HDL.</p><p>Amitriptilina6 Ingerir após as refeições para reduzir</p><p>a irritação gastrintestinal.</p><p>Evitar ingestão de sucos cítricos, bebidas alcoólicas, erva de São-João.</p><p>Prednisona16 Ingerir após as refeições para reduzir</p><p>a irritação gastrintestinal.</p><p>Monitorar o nível sérico de vitamina A, C, B6, ácido fólico, cálcio, potássio,</p><p>sódio, magnésio, zinco e tiamina.</p><p>Metotrexato6 Administrar após as refeições para</p><p>reduzir a irritação gastrintestinal.</p><p>Pode induzir a desidratação, deve-se encorajar a maior ingestão de líquidos.</p><p>Monitorar o nível sérico de cálcio e ácido fólico.</p><p>Espironolactona6 Administrar com alimentos para</p><p>aumentar a absorção e evitar descon-</p><p>fortos gastrointestinais.</p><p>Evitar suplementos de potássio ou de outros agentes poupadores de potássio.</p><p>Monitorar o nível sérico de cálcio.</p><p>Fenitoína5,6 Administrar durante as refeições. Suplementos de cálcio, magnésio e antiácidos devem ser tomados com inter-</p><p>valo de 2 horas. Em casos de alimentação por sonda, deve-se interromper</p><p>a alimentação por 1 hora antes e 2 horas após a administração do fármaco,</p><p>pois essa reduz a biodisponibilidade do fármaco.</p><p>Captopril6 Administrar 1 hora antes ou 2 horas</p><p>após as refeições.</p><p>Suplementos de ferro, magnésio e antiácidos devem ser tomados com inter-</p><p>valo de 2 horas.</p><p>Clomipramina6,10 Administrar preferencialmente à</p><p>noite.</p><p>Evitar suco de grapefruit.</p><p>Fonte: Próprios autores (2023).</p><p>Em relação à capacitação em saúde, foram oferecidas</p><p>palestras, rodas de conversa e atividades lúdicas, a fim</p><p>de discutir com a equipe multiprofissional a ocorrência</p><p>das interações para evitar que elas aconteçam nos idosos</p><p>Análise das interações fármacos x nutrientes dentre os medicamentos mais prescritos em</p><p>uma Instituição de Longa Permanência para idosos no interior de Minas Gerais</p><p>171Rev. Ciênc. Méd. Biol., Salvador, v. 23, n. 1, p. 166-173, jan./abr. 2024</p><p>da Instituição. Ainda foram abordadas as interações mais</p><p>encontradas na literatura, mesmo que não tenham sido</p><p>encontradas no presente estudo. Qualitativamente, foi</p><p>possível observar que os profissionais se interessaram e</p><p>se prontificaram a seguir as orientações sugeridas.</p><p>DISCUSSÃO</p><p>O processo de envelhecimento está associado, mui-</p><p>tas vezes, a um maior número de doenças crônicas, o</p><p>que pode resultar na polifarmácia, que consiste no uso</p><p>concomitante de quatro ou mais medicamentos na rotina</p><p>dos pacientes2. Na população do presente estudo, cons-</p><p>tatou-se o uso de 39 medicamentos, sendo aos neurolép-</p><p>ticos os mais frequentes, seguidos dos anti-hipertensivos</p><p>e dos antilipêmicos.</p><p>Os primeiros podem estar relacionados ao compro-</p><p>metimento cognitivo e mental observado nessa popula-</p><p>ção, de forma a se associar com o avançar da idade19–21.</p><p>Ao passo que o uso aumentado de anti-hipertensivos e</p><p>antilipêmicos se relaciona à alta prevalência de doenças</p><p>crônicas não transmissíveis em idosos, como hipertensão</p><p>arterial e hiperlipidemia. Recente estudo longitudinal</p><p>retrospectivo22, composto por 453 idosos, analisou as</p><p>diferenças entre as proporções de doenças crônicas não</p><p>transmissíveis (DCNT) em dois momentos, a partir de de-</p><p>terminantes sociodemográficos. Os autores observaram</p><p>que as alterações orgânicas pertencentes ao processo de</p><p>envelhecimento determinaram a maior vulnerabilidade</p><p>do idoso ao desenvolvimento de DCNT22.</p><p>Em conjunto, as três classes medicamentosas (neuro-</p><p>lépticos, anti-hipertensivos e antilipêmicos) mais citadas</p><p>pelo presente estudo vão ao encontro do que apontam</p><p>Marinho et al.23 (2021), ao identificarem o padrão de con-</p><p>sumo farmacológico de idosos atendidos na Atenção Pri-</p><p>mária à Saúde. Os autores constataram maior prevalência</p><p>de anti-hipertensivos, antidiabéticos, hipolipemiantes e</p><p>psicotrópicos nessa população.</p><p>Por conseguinte, ao analisar os fármacos utilizados</p><p>pelos idosos e suas possíveis interações com nutrientes</p><p>e/ou alimentos, verificou-se que, dentre os 39 medica-</p><p>mentos utilizados, a maioria (51,29%) possui algum tipo</p><p>de interação. Dado consoante a estudos semelhantes,</p><p>que demonstraram 53% 24 e 48,1%12 de interação.</p><p>A metformina e o ácido acetilsalicílico possuem a</p><p>maior</p><p>taxa de interação, ambos representando 11,42%</p><p>de todas as interações. Especificamente, a metformina</p><p>consiste em um medicamento utilizado como primeira</p><p>escolha por muitos tratamentos clínicos para a diabetes</p><p>mellitus. Estudos indicam que seu uso tem estreita re-</p><p>lação com a redução do nível sérico de vitamina B1225.</p><p>Essa vitamina, por sua vez, é caracterizada como</p><p>uma vitamina lipossolúvel, encontrada em carnes (es-</p><p>pecialmente bovina e suína e as vísceras), aves, ovos,</p><p>cereais enriquecidos, leite e laticínios. E esses alimentos,</p><p>quando consumidos associados à metformina, podem</p><p>gerar uma interação que reduz a absorção da vitamina</p><p>B12 pelo organismo humano25,26. A fisiologia de explicação</p><p>dessa interação ainda não está muito bem elucidada,</p><p>mas acredita-se que a metformina pode prejudicar o</p><p>funcionamento normal do receptor/transportador do</p><p>complexo fator intrínseco-vitamina B12 por mecanismos</p><p>dependentes de cálcio25.</p><p>Outra interação expressiva no presente estudo se</p><p>deu com o ácido acetilsalicílico, da classe de anti-infla-</p><p>matório não esteroidal. Tal medicamento possui como</p><p>recomendação a ingestão uma hora antes ou duas horas</p><p>após as refeições, por interagir com alimentos fontes de</p><p>vitamina C e K, também encontrados no cardápio dos</p><p>idosos estudados. Outras pesquisas também corroboram</p><p>esse achado27,28.</p><p>Verifica-se que esse medicamento pode reduzir a</p><p>absorção e aumentar a excreção da vitamina C, uma vez</p><p>que há uma redução da captação pelos tecidos, inclusive</p><p>com uma redução significativa de suas reservas nas pla-</p><p>quetas. Além disso, o ácido acetilsalicílico pode exaurir</p><p>reservas humanas da vitamina K e aumentar a excreção</p><p>via renal de tiamina e ácido fólico, bem como a excreção</p><p>urinária de aminoácidos6,15.</p><p>Para os outros medicamentos que ainda possuíam</p><p>interação droga/nutriente considerável (sulfato ferroso,</p><p>atenol, haloperidol, sulfato de zinco, captopril, mono-</p><p>nitrato de isossorbida, levotiroxina), a indicação de uso</p><p>também se baseou na administração uma ou duas horas</p><p>após as refeições. Para aqueles que possuíam interação,</p><p>mas cuja ingestão também pode ser considerada em</p><p>conjunto com refeições, a fim de reduzir o desconforto</p><p>gastrointestinal (pramipexol, carbamazepina, anlodipino,</p><p>clonazepam, amitriptilina, prednisona, metotrexato,</p><p>espirolactona e fenitoína), é indicado que seja realizada</p><p>investigação clínica e nutricional dos níveis séricos de</p><p>nutrientes que atuam concorrendo com os fármacos, bem</p><p>como a eficácia destes sobre as patologias dos idosos.</p><p>O uso de suco cítrico, especialmente o de grapefruit,</p><p>deve ser evitado, visto que há interação com fármacos</p><p>cotidianamente utilizados na Instituição, como anlodipi-</p><p>no, clonazepam, amitriptilina e clomipramina. Estudos</p><p>já consolidados demonstram aumento da concentração</p><p>sistêmica dos medicamentos por meio da inibição do seu</p><p>metabolismo, provocado pela composição fitoquímica</p><p>de tal fruta29,30.</p><p>Ademais, conforme demonstrado nos resultados</p><p>discutidos aqui, mais da metade dos fármacos utilizados</p><p>pelos idosos apresentaram interação com alimentos</p><p>e nutrientes. Desse modo, além de avaliar possíveis</p><p>interações, é necessário realizar capacitações dos pro-</p><p>fissionais que controlam a alimentação e oferecem os</p><p>fármacos aos pacientes, com a indicação do horário de</p><p>uso e estratégias nutricionais, de modo que a interação</p><p>fármaco/nutriente seja reduzida ou, ainda, extinta do</p><p>grupo estudado. É importante que, após a implantação</p><p>dessa estratégia de educação em saúde, as interações</p><p>e condições específicas de cada idoso (deficiência e/ou</p><p>superdosagem de nutrientes/fármacos) sejam avaliadas</p><p>Samyra Giarola Cecílio et al.</p><p>172 Rev. Ciênc. Méd. Biol., Salvador, v. 23, n. 1, p. 166-173, jan./abr. 2024</p><p>periodicamente, garantindo que a estratégia seja eficaz</p><p>para a Instituição.</p><p>Destaca-se que a análise dos prontuários não oferece</p><p>riscos à integridade física dos idosos, de modo que os</p><p>resultados encontrados proporcionaram benefícios no</p><p>que se refere à melhoria e garantia da eficácia da terapia</p><p>medicamentosa, bem como foram apresentados dados</p><p>importantes quanto às possíveis interações entre fármaco</p><p>e alimento e como preveni-las, a fim de manter a saúde</p><p>e o bem-estar do paciente.</p><p>CONCLUSÃO</p><p>O presente estudo identificou o uso de 39 medica-</p><p>mentos na instituição de longa permanência avaliada,</p><p>sendo a maior frequência de neurolépticos, anti-hiper-</p><p>tensivos e antilipêmicos. Quando investigada a interação</p><p>desses fármacos com nutrientes/alimentos, a maioria</p><p>possui algum tipo de interação, destacando-se a met-</p><p>formina e o ácido acetilsalicílico. A partir disso, reconhe-</p><p>cendo a relevância da educação em saúde, de modo a</p><p>evitar que tais interações possam acontecer, foi realizada</p><p>uma capacitação interdisciplinar para os profissionais da</p><p>Instituição, que deve ser uma ação permanente, para a</p><p>garantia de melhores resultados aos serviços prestados</p><p>pelo local.</p><p>REFERÊNCIAS</p><p>1. Masnoon N, Shakib S, Kalisch-Ellett L, Caughey GE. What is</p><p>polypharmacy? A systematic review of definitions. BMC Geriatr.</p><p>2017;17(1):1–10. doi: 10.1186/s12877-017-0621-2</p><p>2. Marques PP, Francisco PMSB, D’Elboux MJ. Polifarmácia em idosos:</p><p>uma revisão da literatura. Rev Fun Care Online. 2021; 13:1367-73.</p><p>doi:10.9789/2175-5361.rpcfo.v13.9709</p><p>3. Felipe G, Silva A, Thátylla A, Gomes M. 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Rev Gaúcha Enferm. 2012;33(3):156–64.</p><p>doi:10.1590/S1983-14472012000300021</p><p>13. Salvi RM. Interação Fármaco-Nutriente: desafio atual da</p><p>farmacovigilância. Análise dos hábitos alimentares e uso de</p><p>medicamentos por idosos, com enfoque nas possíveis interações entre</p><p>drogas e nutrientes Porto Alegre: EDIPUCRS. 2014. 152 p.</p><p>14. Oliveira LA. Análise dos hábitos alimentares e uso de medicamentos</p><p>por idosos, com enfoque nas possíveis interações entre drogas e</p><p>nutrientes [trabalho de conclusão de curso]. Ouro Preto: Escola de</p><p>Nutrição, Universidade Federal de Ouro Preto; 2019. 51p.</p><p>15. Braz LC. Interações Medicamentosas e Nutricionais Em Idosos</p><p>De Uma Instituição de Longa Permanência [trabalho de conclusão de</p><p>curso]. Governador Mangabeira: Faculdade de Nutrição, Faculdade</p><p>Maria Milza; 2018. 50p.</p><p>16. Lopes EM, Oliveira EAR, Lima LH de O, Formiga LMF, de Freitas</p><p>RM. 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Cognitive impairment and associated factors among</p><p>institutionalized elderly persons in Natal, Rio Grande do Norte, Brazil.</p><p>Rev Bras Geriatr e Gerontol. 2017;20(2):186–96. doi: 10.1590/1981-</p><p>22562017020.160151</p><p>20. Pereira X de BF, Araújo FL de C, Leite TI de A, Araújo FA da C,</p><p>Bonfada D, Lucena EE de S. Prevalência e fatores associados ao deficit</p><p>cognitivo em idosos na comunidade. Rev Bras Geriatr e Gerontol.</p><p>2020;23(2). doi: 10.1590/1981-22562020023.200012</p><p>21. Dos Santos C de S, de Bessa TA, Xavier AJ. Factors associated with</p><p>dementia in elderly. Cienc e Saude Coletiva. 2020;25(2):603–11. doi:</p><p>10.1590/1413-81232020252.02042018</p><p>22. Silva DSM da, Assumpção D de, Francisco PMSB, Yassuda</p><p>MS, Neri AL, Borim FSA. Doenças crônicas não transmissíveis</p><p>considerando determinantes sociodemográficos em coorte de</p><p>idosos. Rev Bras Geriatr e Gerontol. 2022;25(5). doi:10.1590/1981-</p><p>22562022025.210204.pt</p><p>23. Marinho JM da S, Medeiros KBA de, Fonseca RNS, Araujo</p><p>TS de, Barros WCT dos S, Oliveira LPBA de. Padrão de consumo</p><p>medicamentoso: um estudo com idosos na Atenção Primária à Saúde.</p><p>Rev Bras Enferm [Internet]. 2021;74(3):e20200729. doi: 10.1590/0034-</p><p>7167-2020-0729</p><p>Análise das interações fármacos x nutrientes dentre os medicamentos mais prescritos em</p><p>uma Instituição de Longa Permanência para idosos no interior de Minas Gerais</p><p>173Rev. Ciênc. Méd. Biol., Salvador, v. 23, n. 1, p. 166-173, jan./abr. 2024</p><p>24. Carlos GB, Francisco LN, De Moraes TC, Cerdeira CD, Santos GB.</p><p>Análise das possíveis interações fármaco-alimento/nutriente em uma</p><p>instituição asilar no sul de Minas Gerais. Rev Bras Pesqui em Saúde/</p><p>Brazilian J Heal Res. 2017;18(3):83–90. doi: 10.21722/rbps.v18i3.15747</p><p>25. Viana KM de A, De Souza MM, Lima Filho FC da R, Verde AVMCL,</p><p>Nogueira EBS. 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